Uma das características inerentes aos seres vivos é a sua capacidade de reprodução.
Os seres vivos com reprodução sexuada passam por processos específicos.
Os seres vivos com reprodução sexuada passam por processos específicos.
O conjunto de etapas por que passa um indivíduo desde a sua formação até à concepção de outro organismo semelhante a si denomina-se ciclo de vida.
O que há de comum em todos os ciclos de vida?
Os ciclos de vida de todos os seres vivos apresentam aspectos comuns, nomeadamente:
- a ocorrência de meiose, que permite, em determinado momento do ciclo, formar células haplóides (n), contribuindo para a diversidade da espécie;
- a ocorrência de fecundação, que corresponde à fusão de gâmetas, repondo a diploidia no ciclo celular e contribui também para a variabilidade da espécie;
- a presença de células sexuais, células especializadas que são sempre haplóides, podendo ser gâmetas (comuns a todos os ciclos) ou esporos (presentes apenas em alguns ciclos);
- a presença de ovo ou zigoto, célula inicial de todos os seres vivos quando recorrem à reprodução sexuada, que é sempre diplóide;
- a alternância de fases nucleares (apesar de estas poderem ter durações variadas), existe em todos os ciclos uma fase haplóide (que, no mínimo, se resume aos gâmetas) e uma fase diplóide (que, no mínimo, é representada pelo zigoto); a passagem da fase haplóide. para a fase diplóide é da responsabilidade da fecundação, enquanto a passagem da fase diplóide para a fase haplóide se deve à meiose.
A principal diferença entre os ciclos de vida está relacionada com o momento em que ocorre a meiose. Esta pode dar-se em três momentos diferentes, o que tem implicações na caracterização do ciclo. Assim sendo, podemos considerar:
- Meiose pré-gamética — a meiose ocorre para que se dê a formação dos gâmetas. Como antecedem a fecundação, estas células são, nestes casos, as únicas entidades haplóides. O ciclo designa-se por diplonte. Exemplos de seres vivos onde ocorre este tipo de ciclo são os animais e algumas algas.
- Meiose pós-zigótica — a meiose ocorre logo após a formação do zigoto. Assim sendo, o zigoto é a única estrutura diplóide do ciclo, que, por isso, se designa por haplonte. Indivíduos com este tipo de ciclo são, por exemplo, algumas algas e fungos.
- Meiose pré-espórica — a meiose ocorre para que se dê formação dos esporos. Acontece só em indivíduos que apresentem dois tipos de células sexuais (gâmetas e esporos). Nestes seres existe uma geração produtora de esporos (geração esporófita ou esporófito) e uma geração produtora de gâmetas (geração gametófita ou gametófito). A geração esporófita inicia-se com o ovo ou zigoto e termina com a meiose, que leva à produção de esporos; assim, todas as células das estruturas desta geração são diplóides, existindo correspondência entre a geração esporófita e a fase diplóide. A geração gametófita inicia-se com os esporos e termina com a fecundação. Todas as células das estruturas desta geração são haplóides, sendo possível estabelecer uma correspondência entre a geração gametófita e a fase haplóide. Os ciclos de vida destes indivíduos designam-se por haplodiplontes.~
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