É interessante verificar que tanto Lamarck como Darwin, têm em comum o facto de valorizarem quer o papel do meio, quer a adaptação, todavia, apresentam explicações muito diferentes para a origem das espécies.
Tendo o Lamarckismo como princípios fundamentais a lei do uso e do desuso e a herança dos caracteres adquiridos, a morfologia actual do flamingo pode explicar-se do seguinte modo:
O flamingo, alimentando-se na borda da água, quando escasseia o alimento tem de recorrer, para a sua alimentação, a águas mais profundas. O esticar permanente das patas, para chegar ao alimento, criou a necessidade de aumentar o tamanho dos músculos e dos ossos destes órgãos. Em cada geração foram surgindo indivíduos que tinham as patas cada vez mais longas, características estas que foram transmitindo aos seus descendentes, chegando, assim, à forma actual.
O ambiente cria necessidades que levam ao aparecimento de estruturas morfológicas indispensáveis a uma melhor adaptação. Esta é uma resposta do ser vivo à acção do meio.
No Darwinismo, o princípio da selecção natural permite explicar também a morfologia do flamingo da seguinte forma.
Independentemente do meio, existiam nas populações de flamingos variações naturais que passam de geração em geração. Assim, havia variações no tamanho das patas. Como num ambiente em que escasseia o alimento os flamingos que possuíam estes membros mais desenvolvidos tinham acesso mais fácil ao alimento, estavam mais bem adaptados, isto é, sobreviviam melhor e reproduziam-se mais. Deste modo, aumentaram o seu número na população relativamente ao número de flamingos de patas curtas. A selecção natural favoreceu os flamingos mais bem adaptados a um ambiente onde o alimento estava em zonas mais profundas.
Por esta razão, os flamingos de membros mais compridos foram-se tornando mais abundantes em relação aos de membros mais curtos, que acabaram por desaparecer.
muito o brigada isso ajudou muito o meu trabalho de ciências sobre evolução =D
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