Miguel Godinho Ferreira, investigador do Instituto Gulbenkian da Ciência (IGC), é o primeiro a vencer o Prémio Simbiontes pelo seu trabalho de investigação na área da oncobiologia. O financiamento, no valor de dez mil euros, é para desenvolver um projecto que incide no estudo das alterações celulares que estão na base do desenvolvimento de cancro em adultos.
Segundo o cientista asseverou ao «Ciência Hoje» (CH), “o maior factor de risco para o cancro é a idade”, já que, de todas as doenças oncológicas, “mais de 80 por cento aparecem em pessoas acima dos 50 anos”. O destaque vem no seguimento do estudo já publicado na «Nature» sobre o nível de cromatina em telómeros funcionais.
Segundo o cientista asseverou ao «Ciência Hoje» (CH), “o maior factor de risco para o cancro é a idade”, já que, de todas as doenças oncológicas, “mais de 80 por cento aparecem em pessoas acima dos 50 anos”. O destaque vem no seguimento do estudo já publicado na «Nature» sobre o nível de cromatina em telómeros funcionais.
Os resultados na área da Biologia do Cancro, da equipa liderada por Miguel Godinho Ferreira, poderão contribuir de forma significativa para a compreensão e combate das doenças cancerígenas. A descoberta explica que “na ponta dos nossos cromossomas existem umas estruturas protectoras, os telómeros, que se vão desgastando à medida que envelhecemos e que constituem um relógio molecular que indica a idade das nossas células, tal como acontece com o plástico protector na extremidade dos atacadores”, refere como analogia.
Ou seja, “o desgaste contínuo dos telómeros, ao longo da vida – que se deve ao facto de a enzima responsável pela síntese dos telómeros, a telomerase, deixar de ser produzida nas células humanas, assim que nascemos –, deixará as células sem a capa protectora” e por isso mais vulnerável. “O tamanho dos telómeros vai encurtando com o crescimento, desde que nascemos e quanto maior o número de divisões celulares, maior será o desgaste continuado”, referiu ainda em declarações ao CH.
Agora o objectivo da equipa de Miguel Godinho Ferreira é “compreender os sinais que as células jovens apresentam e que as distinguem das envelhecidas para, no futuro, poder travar o aparecimento do cancro”.
O investigador acrescenta que o objectivo do projecto é agora tentar “manipular a enzima para que as células de organismos mais velhos ‘pensem’ que são novas e induzir a protecção dos telómeros, de forma controlada e não continuada”.
A aplicação será feita recorrendo a organismos modelo – no caso do cancro e da biologia do envelhecimento usarão o peixe-zebra e para estudo na área da biologia molecular, utilizarão leveduras –, para posteriormente o estender a células humanas e, no futuro, ser possível a sua aplicação médica.
O trabalho de Miguel Godinho Ferreira foi seleccionado entre 26, submetidos a concurso público, após avaliação por um painel internacional, constituído por cientistas especialistas na área da oncobiologia. A cerimónia de entrega do Prémio Simbiontes decorrerá amanhã, pelas 17h, na sede da Sociedade das Ciências Médicas.
Ou seja, “o desgaste contínuo dos telómeros, ao longo da vida – que se deve ao facto de a enzima responsável pela síntese dos telómeros, a telomerase, deixar de ser produzida nas células humanas, assim que nascemos –, deixará as células sem a capa protectora” e por isso mais vulnerável. “O tamanho dos telómeros vai encurtando com o crescimento, desde que nascemos e quanto maior o número de divisões celulares, maior será o desgaste continuado”, referiu ainda em declarações ao CH.
Agora o objectivo da equipa de Miguel Godinho Ferreira é “compreender os sinais que as células jovens apresentam e que as distinguem das envelhecidas para, no futuro, poder travar o aparecimento do cancro”.
O investigador acrescenta que o objectivo do projecto é agora tentar “manipular a enzima para que as células de organismos mais velhos ‘pensem’ que são novas e induzir a protecção dos telómeros, de forma controlada e não continuada”.
A aplicação será feita recorrendo a organismos modelo – no caso do cancro e da biologia do envelhecimento usarão o peixe-zebra e para estudo na área da biologia molecular, utilizarão leveduras –, para posteriormente o estender a células humanas e, no futuro, ser possível a sua aplicação médica.
O trabalho de Miguel Godinho Ferreira foi seleccionado entre 26, submetidos a concurso público, após avaliação por um painel internacional, constituído por cientistas especialistas na área da oncobiologia. A cerimónia de entrega do Prémio Simbiontes decorrerá amanhã, pelas 17h, na sede da Sociedade das Ciências Médicas.
Notícia : Ciência Hoje
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